Parte de concreto de prédio desaba e destrói guarita em Vila Velha

Parte de uma marquise caiu de um prédio localizado na orla da Praia de Itaparica, em Vila Velha, e atingiu a guarita do edifício, no início da tarde desta quarta-feira (28). Em gravação feita por popular é possível ver a cabine destruída e com os vidros quebrados.

Devido à queda do concreto, a Avenida Estudante José Júlio De Souza, no sentido Praça dos Ciclistas, precisou ser interditada. O trânsito é desviado para a Rua Itapemirim, segundo a Guarda Civil Municipal, que está no local orientando os motoristas.

Conforme apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, não há vítimas e ninguém estava dentro da guarita no momento do acidente. Isso porque o porteiro já não ficava mais na cabine, pois o condomínio havia identificado problemas na estrutura na segunda-feira (26), após a queda de outra parte da estrutura.

A reportagem da TV Gazeta apurou que o condomínio está em processo judicial há dois anos contra a construtora responsável pelo prédio, alegando falhas nas vigas do prédio. A empresa é a Sol da Barra, que em conversa com A Gazeta explicou que vai entrar em contato com o síndico.

"Estamos verificando, pois temos o nosso perito e vamos entrar em contato novamente com o síndico. Desde segunda, após a queda de outro concreto, estamos em contato. Vamos chamar nosso engenheiro e vamos prestar assistência, mas acho pouco provável que tenha ligação com a estrutura. Tem o processo judicial que está parado. O local tem 20 anos e não tem mais garantia nenhuma", pronunciou Carlos Artur Marquiori, sócio da construtora.

Concreto caiu na segunda-feira 

Na segunda-feira (26), o prédio passou pelo mesmo problema de queda da estrutura quando pedaços do reboco e cerâmica da coluna dois da fachada do último andar desabou. Um comunicado enviado aos condôminos e obtido pela TV Gazeta informava que um perito esteve no local e identificou corrosão nas ferragens. 

Com a análise, a administração do prédio decidou por isolar a área da portaria e da rampa das garagens, proibindo a passagem de pedestres e ciclistas. "Provisoriamente, as lixeiras foram colocadas nas entradas das garagens para evitar que os moradores passem pela área de risco", informou o sindico, que não foi identificado. 

Para resolver a situação, o responsável pela gestãoexplicou que estava sendo contratada uma estrutura para evitar novos desabamentos até a reforma final. "Devido à gravidade da corrosão, somente pode escorar e colocar a estrutura uma empresa especializada. Essa estrutura irá evitar que caia algo enquanto se conserta o problema. Ainda será decidido pelos peritos se será feita a recuperação das ferragens ou se será necessário retirá-las e refazê-las", explicou o síndico.