Leitores biométricos e faciais liberam uso de carregadores de veículos

O reconhecimento facial e a biometria já são amplamente utilizados para permitir a entrada em condomínios, academias, shows e jogos de futebol. Agora, esse sistema de identificação do usuário começa a ser aplicado para liberar os aparelhos de recarga destinados aos veículos elétricos.

Com a expansão da eletromobilidade no Brasil, a Intelbras, empresa brasileira de soluções de segurança, comunicação, redes e energia, segue desenvolvendo dispositivos alinhados com a necessidade do mercado.

Ela lançou o primeiro sistema integrado de controle de acesso para estações de recarga de veículos movidos a bateria. A nova tecnologia adota leitores faciais e biométricos para liberar o uso e a gestão dos carregadores, garantindo mais segurança, privacidade e praticidade aos consumidores.

A Intelbras criou a solução em apenas quatro meses e, no primeiro momento, ela será colocada em prática em garagens de condomínios. O projeto exigiu investimento baixo e envolveu três áreas de trabalho da empresa: equipes de engenharia, controle de acesso e desenvolvimento de back end de software. 

“Uma das vantagens do projeto é que o sistema de leitura facial e a biometria não precisam ser acoplados, necessariamente, próximos à estação”, afirma Matheus Luiz Rodrigues, gerente do segmento de carregadores para veículos elétricos da Intelbras.

LIBERAÇÃO RÁPIDA. Os leitores, depois de conferir a identificação do morador, desbloqueiam o ponto de recarga, facilitam a posterior cobrança e produzem todos os relatórios das operações. “Isso ajuda a resolver o gerenciamento das vagas de acesso geral, destinadas à recarga”, diz.

Segundo Rodrigues, o principal objetivo da Intelbras é contribuir para a construção de uma infraestrutura ideal aos proprietários de carros elétricos. “Além de fazer a liberação rápida e fácil dos carregadores, a tecnologia de controle de acesso possibilita o uso de outros consumidores, uma vez que só pessoas previamente cadastradas têm o direito de realizar a operação”, destaca. 

A ideia é que o sistema de leitura facial e a biometria não fiquem restritos aos condomínios. Futuramente, eles poderão ser instalados em postos de serviço e shopping centers, por exemplo. Nesses casos, o cliente deixará registrada sua identificação para liberar os carregadores. 

“Com o tempo, será formada uma massa de dados de identificação dos usuários, que ajudará a evitar eventuais fraudes”, diz Rodrigues.

O executivo evita fazer projeções a respeito da demanda de carregadores com controle de acesso. “Estamos vivendo um cenário em que, felizmente, todas as previsões são superadas”, revela. “Vamos explorar, inicialmente, o mercado condominial para depois atacar em outras frentes.”

CAPILARIDADE. Os valores do dispositivo de reconhecimento facial e biometria vão de R$ 5.900 a R$ 9.900. Rodrigues conta que a capilaridade da Intelbras no Brasil garante o serviço de instalação e a cobertura adequada do pós-venda. “Atendemos 98% dos municípios brasileiros com potencial de consumo de eletrônicos”, conclui.

Entre as estações de recarga da Intelbras compatíveis com o sistema integrado estão os modelos CVE City e CVE Business, que alcançam potências de 7,4 a 22 kW. As soluções são integráveis com o software para gestão de recargas Intelbras CVE-Pro, que permite fazer tarifação, rateio de despesas, criação de grupos de usuários e limitação de potência por estação de recarga

“No ano passado, demos um passo rumo ao futuro da mobilidade, lançando um portfólio completo de carregadores para carros eletrificados do tipo plugin. Agora, aumentamos a linha de produtos, com tecnologias eficientes e inovadoras”, afirma.

Rodrigues revela que as estações de recarga da Intelbras vêm apresentando grande aceitação em condomínios, devido à praticidade e à possibilidade de identificação do consumo de energia, dispensando gastos adicionais com infraestrutura elétrica para a medição. 

Para o gerente da Intelbras, o intuito da companhia quando desenvolve novos projetos é sempre facilitar a vida dos clientes. “Pensamos em oferecer diferentes opções aos usuários, considerando critérios como complexidade de gestão, número de pessoas, fluxo diário e outras características. No fim das contas, queremos contribuir para o avanço da mobilidade elétrica no País”, acentua.

Fonte: O Estado de São Paulo