Condomínio é autuado por irregularidades

Engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) fizeram, na manhã de ontem, uma vistoria no condomínio em Itapuã, Vila Velha, onde o vigilante Leonai Cordeiro, de 34 anos, morreu por suposto choque elétrico, no último domingo.

Durante a análise técnica e fiscal, a equipe constatou que o vigilante fazia a manutenção de uma bomba d’água após um problema de abastecimento num bloco específico, porém, sem acompanhamento de profissional habilitado e sem registro de Anotação de Responsabilidade técnica (ART) no Conselho. Por esse motivo, o condomínio foi autuado por exercício ilegal da profissão.

“Não localizamos, pelo menos até o momento, nenhum responsável técnico habilitado para a manutenção dessas bombas”, informou o gerente de relacionamento institucional do Crea-ES, engenheiro civil e de segurança do trabalho Giuliano Battisti.

O coordenador disse ainda que o local onde fica instalada a bomba d’água é um compartimento de difícil acesso e que proporciona pouca mobilidade.

“O ambiente estava bastante úmido e com fiações expostas. A tensão do local é de 220 volts que fornece uma corrente elétrica elevada, que pode ter contribuído para essa fatalidade”, disse.

Battisti informou também que recebeu informações de que o vigilante fazia a manutenção da bomba d’água sem utilizar os equipamentos de proteção individual.

“Segundo o que apuramos com as testemunhas, ele não usava os EPIs. Não podemos afirmar que o vigilante levou um choque elétrico, mas há indícios e circunstâncias que tal fato pode ter ocorrido”, relatou Battisti. A vistoria no local também apontou outros problemas. De acordo com o Crea-ES, os disjuntores estavam oxidados e com elementos elétricos expostos.

“São eles que enviam energia para os blocos. É necessária uma rotina programada de manutenções”, alertou.

Fonte: Jornal A Tribuna