Racionamento de água no ES não está descartado

A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) não descarta o racionamento de água nos próximos dias, caso o cenário de estiagem no Espírito Santo siga causando preocupação.

A informação foi passada pelo diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert, durante entrevista realizada nesta quinta-feira (7) para anunciar as medidas de enfrentamento à escassez de chuvas em território capixaba.

"(O racionamento) não está descartado, mas não é uma configuração de hoje. É um quadro que agora a gente tem que acompanhar diariamente. A possibilidade existe. Nós não temos hoje os dados que confirmem, mas as previsões de chuva não são boas. Devemos ter o mês de dezembro e janeiro também com chuvas abaixo da média. Se as vazões continuarem a cair, isso pode implicar no impacto do fornecimento de água", descreveu. 

Entretanto, Fábio Ahnert explicou que apenas as próprias companhias de abastecimento possuem dados sobre a possibilidade de racionamento ou não em determinada cidade. 

"Elas possuem um sistema bem integrado e também possuem o reservatório de água. Isso significa que, mesmo com a vazão, há uma estratégia para evitar o racionamento", narrou. 

Desde o final de novembro, o Espírito Santo está em Estado de Atenção sobre a situação hídrica e uma resolução sobre o assunto foi publicada. A medida considera o fenômeno El Niño, com a ocorrência de onda de calor e o atraso no período de chuva. 

O diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), também explicou a situação atual e a decisão de adotar medidas mais rígidas.

"Há poucas semanas a Agerh publicou uma resolução de estado de atenção, em que a resolução trazia recomendações para diversos setores usuários em respeito a economia de água, no uso da água em função do quadro. Com a piora do quadro, a Agerh publica agora uma resolução de estado de alerta. A principal mudança é que, o que antes era uma recomendação, passa a ser agora uma obrigatoriedade. Por exemplo, os principais setores usuários de água, como agricultura e indústria, vão ter que fazer redução nas suas captações de água".

Fonte: Folha Vitória