Este mês de março é mais um de Miriam Sepulcri como uma das representantes do Ed Sandra, no cento de Vitória. Moradora atuante nas ações do prédio há mais de 40 anos, Miriam é um exemplo de que a persistência e interesse aliados à competência, organização e capacitação constante foram alguns dos ingredientes utilizados para superar as barreiras em um mercado até então dominado pelos homens, não só o relacionado a condomínios, como tantos outros setores.

“O prédio onde resido possui muitos idosos, e a maioria mora sozinha, o que requer atenção especial. Olhar mais para o próximo, e viver em condomínio é um exercício diário, ou pelo menos deveria ser, de cuidarmos mais uns dos outros. Acredito que nós, mulheres, conseguimos aliar competência com esse olhar mais terno e compassivo”, ressalta Miriam.

Pesquisas recentes realizadas pelo Sindiconet mostram que a participação das mulheres em condomínios chega a 39%. Esse crescimento é constante e visível em diversas funções, seja na portaria, limpeza, gestão dos condomínios e em empresas administradoras ou prestadoras de serviços.

Juliana Monteiro, gestora da M&M Gestão Condominial e síndica profissional é outro exemplo. Começou como estagiária, realizava a cobrança administrativa, passou pelos departamentos financeiro e operacional. Hoje é a diretora da empresa.

“Vejo que nós mulheres somos muito empenhadas, caprichosas, e colocamos carinho e ternura nas atividades, impactando diretamente no resultado. Além disso, lidamos com muitas pessoas no segmento condominial. E a mulher tem paciência e jogo de cintura para encarar os desafios do dia a dia”, enfatiza.

Débora Erlacher, síndica há cerca de um ano do condomínio Mar Azul (Quinta Etapa), em Coqueiral de Itaparica, Vila Velha, acredita no potencial e diferencial que as mulheres podem trazer para o setor.

“A mulher, por sua natureza materna, tende a gerir equipes e administrar conflitos com maior assertividade. O zelo com detalhes e processos também faz muita diferença. Bom planejamento e decisões estratégicas ajudam a estabelecer essa relação de confiança, independente do gênero”, diz Erlacher.

Mesmo com esse crescimento na atuação, resultados positivos e capacidade mais do que comprovada, ainda existem barreiras.

“A sociedade ainda se posiciona de forma machista no mercado de trabalho e, frequentemente, a mulher tem sua capacidade subestimada. Muitos pensam que somos mais frágeis que os homens, infelizmente. Mas tenho certeza que o papel as mulheres desempenham hoje darão frutos para as próximas gerações”, aposta a síndica.

O Sindicato Patronal de Condomínios (SIPCES) sabe bem a importância e influência das mulheres no mercado condominial. Além dos cursos e palestras realizados, o sindicato está sempre atento a assuntos e temas relacionados ao gênero, dando maior visibilidade, levando informação, conhecimento e participando desse crescimento.

O SIPCES parabeniza as mulheres pelas conquistas, realizações e desempenho cada vez mais fortalecidas graças à competência, zelo e dedicação.

Parabéns. Feliz Dia Internacional da Mulheres