Quanto custa a taxa de condomínio em empreendimentos de luxo?

Piscinas em cobertura, deques molhados, espaços gourmet e áreas de lazer expansivas. Esses são alguns dos itens que podemos encontrar na maioria dos empreendimentos de luxo do mercado imobiliário. Para a manutenção de todos esses serviços, é preciso de um custo mensal chamado de taxa de condomínio. Entretanto, engana-se quem pensa que os valores são muito maiores quando comparados a projetos menores.

Isso, porque, o que determina de fato essa taxa mensal é o número de apartamentos que um empreendimento dispõe. Ou seja, apesar de contarem com uma infraestrutura robusta e uma grande mão de obra para a manutenção dos serviços, alguns condomínios de luxo acabam tendo um valor de taxa de manutenção bem próximo ao de empreendimentos que não contam com a mesma infraestrutura oferecida.

“O nosso desafio, na verdade, é equilibrar os empreendimentos de luxo com a privacidade, uma das qualidade mais procuradas por novos moradores, e ainda assim entregar o máximo de lazer, paisagismo, biofilia e segurança em nossos projetos”, destaca o diretor comercial da Grand Construtora, Gustavo Rezende.

A estimativa para os lançamentos mais recentes, como o Una Residence, em Vitória, e o Taj, em Vila Velha, é de R$ 1.600 por mês na taxa de condomínio. O empresário explica que esse valor é considerado baixo para os espaços e a infraestrutura oferecida e só é possível devido ao tamanho do complexo desses empreendimentos.

Mas como o cálculo é feito?
“Normalmente, a primeira coisa a ser feita é uma previsão orçamentária considerando a manutenção dos serviços e avaliação de todos os custos. Desde o material de limpeza até os profissionais contratados, tudo precisa estar previsto na planilha do condomínio” explica o vice-presidente de Administradoras de Condomínio da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES), Glauco de Souza Marinho.

De acordo com ele, o valor médio da taxa de condomínio para um apartamento de dois quartos está entre R$ 600 e R$ 800, mas a conta não é muito precisa, porque cada vez mais as construtoras lançam mais itens de lazer que variam desde salas de cinema até espaço para animais de estimação.

O presidente do Sindicato Patronal dos Condomínio do Espírito Santo (Sipces), Gedaias Freire da Costa, explica ainda que tudo depende da área de lazer.

“Por exemplo, se temos duas portarias, vamos precisar de, no mínimo, dois porteiros. Logo, é preciso entender o volume de funcionários exigido para atender a essas demandas, o que corresponde ao maior custo mensal”, destaca.

A demanda por novos ambientes dentro dos empreendimentos é um reflexo direto da pandemia, de acordo com os especialistas. Principalmente por causa do isolamento social, muitas pessoas passaram a valorizar cada vez mais ficar dentro de casa.

“Um condomínio precisa ser equilibrado. Todo mundo quer do bom e do melhor e por isso precisa ter a consciência de que para isso é necessário sustentar toda a máquina funcional do empreendimento, senão a tendência é sucatear e os espaços vão sendo abandonados”, finaliza Glauco de Souza Marinho.

Fonte: Gazeta On-line