Nível dos rios cai e governo do Estado pede economia de água

A seca prolongada e a queda do nível dos rios fizeram o governo do Estado declarar Estado de Atenção por conta da ameaça de escassez hídrica.

A resolução, publicada na sexta-feira (24) pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), faz uma série de recomendações para a economia de água. O objetivo é evitar o desperdício e descartar situações mais drásticas, como o racionamento.

Para as prefeituras, a recomendação é de que sejam proibidas as atividades que promovam desperdício, como lavagem de vidraças, fachadas, calçadas, muros e veículos com o uso de mangueiras.

Recomendação semelhante é feita aos moradores, para que atividades como essas sejam reduzidas durante esse período mais crítico, segundo o diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert.

“É importante mudar as atitudes e economizar água para que a gente não entre numa fase mais rigorosa de restrição. Recomendamos que a população se atente a isso. Não precisa uma mudança radical de hábitos, mas que tenha racionalidade. Precisamos diminuir a pressão sobre a demanda de água”, afirmou Fábio Ahnert.

O governo também recomendou que as indústrias adotem de forma imediata as medidas de reúso e reaproveitamento de água.

CONDOMÍNIOS REUTILIZAM ÁGUA

Para reduzir o consumo, condomínios da Grande Vitória já utilizam água de reuso para lavagem de calçadas, áreas comuns e outras limpezas internas.

A água reutilizada em alguns condomínio, como do Edifício Vanguarda, em Jardim da Penha, é proveniente dos sistemas de ar-condicionado e da chuva

O síndico Gílson Ponto Peçanha explicou que, há alguns anos, a água de reuso já é utilizada no local, o reservatório é interligado aos apartamentos.

“Utilizamos água da chuva, das máquinas de lavar louça e roupa, e do ar-condicionado para o uso nas áreas comuns. Estamos vendo economia na conta de água”, destaca Gilson.

O presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Estado (SIPCES), Gedaias Freire da Costa, frisou que, assim como os condomínios estão sendo orientados a evitar o desperdício de energia elétrica contra o risco de um apagão, o mesmo deve ser feito com o consumo de água;

“Desde a crise hídrica de 2016, os condomínios já são orientados a não lavar calçadas e muros com bomba de pressão. A recomendação é utilizar água de reuso”.

Gedaias explicou, porém, que os condomínios não podem multar um morador, pelo desperdício. “Não temos como verificar seum morador gasta mais ou menos água. O síndico pode orientar sobre formas de redução de consumo de água”.

Fonte: A Tribuna