Gasto em condomínio sobe e já preocupa moradores

O reajuste salarial de 5,05% para funcionários de condomínio no Estado, ocorrido em abril, e o aumento na conta de energia após correão da bandeira tarifária vermelha, especialmente a de patamar 2, que subiu 52%, estão pressionando custos dos condomínios, podendo impactar em cerca de 10% no bolso de moradores.

O cálculo leva em conta a soma da previsão de aumento médio de 5,25% na conta de luz dos condôminos e com o reajuste dos funcionários, que ocorre todo ano e é aplicado sobre todos os pagamentos recebidos, como salários, encargos, 13º e férias. O piso salarial dos porteiros, por exemplo, passou de R$ 1.256 para R$ 1.320, aumento de R$ 64.

“O reajuste salarial era um impacto previsto, pois ele vem se mantendo entre 4% e 5%.  O que vai encarecer é a questão da crise hídrica, a mudança de bandeira, que deverá impactar mais. Acredito que terá impacto de 10% somando os dois, mas ainda não temos esse percentual, porque ainda não vieram as contas de energia dos condomínios, avalia Glauco de Souza Marinho, empresário.

Gedaias Freire da Costa, presidente do Sindicato Patronal de Condomínios do Estado (SIPCES), porém, tranquiliza os moradores destes lugares. Ele diz que o impacto de energia elétrica haverá, mas não deverá ser muito alto.

“Se você pegar a conta de energia da sua casa, se ela for 300 quilowatts, a cada 100 quilowatts você terá um aumento de mais ou menos R$ 3 a R$ 4. Hoje a bandeira vermelha é R$ 6 e vai passar para R$ 9 e pouco. Então você terá um reajuste de R$ 3 acima de cada 100 quilowatts. Não vai aumentar o custo da energia, vai aumentar a bandeira vermelha”. Ilustra.

“Um condomínio que gaste 1.000 quilowatts, a cada 100 quilowatts terá aumento de R$ 3,  que daria R$ 30 de aumento na conta a ser rateada. Do ponto de vista em relação a conta é um valor muito pequeno, não é elevado, mas é um reajuste”, emendou.

ALTERNATIVAS PARA REDUZIR GASTOS

Rateio
- A cota condominial é um rateio de despesas, ou seja, não se arrecada mais do que precisa.

- Todos os condomínios que recebem próximo do que gastam, precisarão reajustar a cota e cortar despesas, como por exemplo, reduzir horas extras.

- Outras readequações que podem ser feitas são em relação ao quadro de funcionários, reutilizar e individualizar o consumo de água e reformular o sistema de iluminação.

- Em relação ao consumo de energia elétrica, é recomendável encontrar uma forma de redução nos horários de pico, de 18h às 21 horas.

Horário de pico
- Se puder evite banhos nesses horários, diminua a quantidade de lâmpadas e acesas nesse período, dentro da unidade e também nas áreas comuns. É recomendado desligar o aparelho de ar-condicionado e outros. Reduzir em geral o consumo de energia elétrica.

- No horário de pico o consumo é mais caro e condomínio que possuem contrato de demanda não podem ultrapassar o limite acordado.

Fonte: jornal A Tribuna