Síndicos vão aprender a evitar brigas em condomínios

Quem mora em condomínio sabe que viver em coletividade pode não ser uma tarefa das mais fáceis. Conflitos de convivência podem se tornar corriqueiros, gerando um clima chato entre os moradores e podendo até virar processo na Justiça.

Para evitar situações desse tipo, síndicos vão aprender a evitar brigas e mediar conflitos em condomínios, como uso irregular de vaga de garagem; festas até de madrugada dentro do apartamento; crianças brincando em ambientes impróprios; barulho de animais e problemas de relacionamento entre vizinhos.

Segundo dados do Tribuna de Justiça do Estado, hoje são 3.874 processos em tramitação envolvendo problemas em condomínios.

Com foco nessas e em outras questões, o Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Estado do Estado do Espírito Santo (SIPCES) promove, a partir de hoje, um ciclo de palestras durante a 1ª Semana do Síndico.

O presidente do sindicato, Cyro Bach Monteiro, explicou que o evento, que será realizado no auditório do Sipces, no Centro de Vitória, é uma forma de orientar os síndicos sobre o que fazer em situações de conflito. “Será uma semana inteira de palestras sobre temas atuais e de grande relevância para os síndicos do Estado”, adiantou.

Uma das palestrantes do evento é a psicóloga clínica e organizacional Elisa Leão, que vem de Goiás para falar sobre os conflitos condominiais e as formas de administrá-los com inteligência emocional.

“Os síndico é uma figura que precisa conhecer seus sentimentos. Quando ele reconhece suas emoções, se torna ainda mais capaz de mediar com eficiência as brigas internas”, ressaltou.

Durante a Semana do Síndico, que segue até quinta-feira, segundo o Sipces, haverá debates sobre a execução das taxas condominiais e a redução da inadimplência, saúde e segurança dos trabalhadores em condomínios; e mediação de conflitos condominiais e formas de administrar com inteligência emocional.

Depois de 15 anos atuando como síndico no condomínio Vanguard, em Vitória, o aposentado Gilson Pessanha, 61 anos, diz que já se acostumou com o papel de mediador de conflitos. “Com o tempo você aprende a lidar com problemas típicos de condomínios sem precisar buscar auxílio da Justiça”.

O presidente do SIPCES, Cyro Bach Monteiro, explica que os problemas de convivência são repetitivos.

“Por isso os moradores devem ter em mente que quando surge algum problema ele deve ser trabalhado com soluções de praticidade e eficácia”, finalizou.

Reportagem jornal A Tribuna