Mais de 80 mil devem água e condomínio

Reportagem Cristian Favaro - jornal A Tribuna
Foto Júlia Terayama -27/02/2014 - jornal A Tribuna

A crise econômica, o desemprego e o reajuste nas tarifas estão dificultando o orçamento de alguns moradores do Estado, que não conseguem pagar nem mesmo as contas básicas mensais, como a taxa de condomínio e a conta de água.

Segundo levantamento junto a empresas e sindicatos, 81.953 pessoas estão com essas contas atrasadas na Grande Vitória.

Segundo a gerente de Relações com o Cliente da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Maria José Fernandes, na Serra são 26.980 inadimplentes. Em Cariacica, são 24.940; em Vila Velha, 14.495; em Vitória, são 11.030; e em Viana, 4.022.

“O contexto atual da economia transparece uma dificuldade das pessoas em quitar seus débitos, até mesmo as contas básicas”, afirmou ela, destacando que a Cesan está intensificando as abordagens para evitar o endividamento.

“Quanto mais contas atrasadas, mais difícil de pagar. Por isso, estamos reforçando a nossa divulgação de programas como a Tarifa Social, que dá desconto nas contas, e a renegociação de dívidas”.

Já nos condomínios, 486 moradores da Grande Vitória estão com problemas para pagar as taxas, segundo o presidente do Sindicato Patronal de Condomínios Residenciais, Comerciais, Mistos e Empresas de Administração de Condomínios (Sipces), Cyro Bach Monteiro.

“Este ano, tivemos um pico na inadimplência. A crise e os reajustes no salário da categoria aumentaram em 7% o valor cobrado na taxa condominial”, disse.

Para o economista Mário Vasconcelos, a organização é a palavra para evitar problemas. “Analisar as contas e economizar é a solução para não ter um serviço indispensável, como a água, suspenso”.

A Tribuna - 28 de julho de 2015