Brigas de vizinhos são os maiores desafios em prédios

No dia a dia dos síndicos, os desafios são inúmeros para conseguir manter uma boa gestão. Em meio à busca por equilibrar receitas e despesas, aparecem outros problemas para serem resolvidos, como desentendimentos entre vizinhos e cobranças em excesso dos moradores.

Neste Dia do Síndico, celebrado hoje, a reportagem conversou com pessoas que atuam no cargo para saber quais os principais desafios enfrentados por elas no cotidiano.

Segundo o presidente do Sindicato Patronal de Condomínio no Estado (SIPCES), Gedaias Freire da Costa, um dos grandes desafios é equilibrar receitas e despesas, sem fazer reajustes em percentuais elevados à taxa de condomínio, e ter pequena inadimplência.

A dica do especialista é fazer um orçamento anual que atenda a todas as despesas, sem gastar além das contas estabelecidas.

“O segundo desafio é fazer uma gestão transparente, participativa e com ações proativas, para evitar ou solucionar conflitos entre os condôminos”, destacou.

No caso de conflitos entre os vizinhos, as causas são as mais diversas: cano estourado, cachorros fazendo barulho no apartamento e carro ocupando a vaga de dois veículos, entre outras.

Nessas situações, a dica é ser um agente pacificador e procurar resolver o conflito com diálogo. “Síndico ouve muito, mas tem de dar a opinião de forma bastante equilibrada”, disse Gedaias.

“Para tratar disso, é importante ter uma boa assessoria jurídica e empresa de cobrança, por exemplo. A cobrança administrativa, muitas vezes, não é suficiente”, explicou a diretora administrativa da Essencial Administradora de Condomínios, Fabiana Almeida.

Manter as contas em dia e gerir a questão interpessoal junto ao morador são desafios enfrentados pelas síndicas Zilmeria Cerillo, 45, profissional no residencial Vivenda Laranjeirsas, e Luiza Auta Martins Pena, 69, que atua no residencial Casa Blanca, ambos na Serra.

Zilméria disse que, na pandemia, a situação foi mais delicada, diante das restrições. Mas, também salientou o lado positivo da gestão. “É muito prazeroso ter um feedback positivo do seu trabalho junto aos condôminos”, pontuou.

Falta de participação
As síndicas Mônica Bastos, de 62 anos, e Andressa Simões Brumatti, 41, e a subsíndica Evanize de Amorin Rangel, 53, relataram que, entre as maiores dificuldades no dia a dia, estão o relacionamento com os moradores e a falta de participação nas reuniões.

“O mais difícil é ver o interesse dos moradores, a participação em si, que não ocorre”, disse Andressa.

“Há pessoas desinformadas, que não vão nas reuniões e ainda acabam agredindo a nossa imagem”, completou Evanize.

Fonte: A Tribuna