O SIPCES recebeu nas últimas semanas relatos de administradoras de condomínios que tiveram suas contas bancárias invadidas, causando prejuízo de quase R$ 200 mil em duas empresas.

Os golpes ocorreram de forma muito parecida. Em ambos os casos os golpistas se passaram como atendentes do canal de atendimento do banco e, de alguma forma, conseguiram acessar de maneira remota, as contas bancárias das administradoras.

Tudo aconteceu quando o sistema do banco (que é o mesmo utilizado nas duas administradoras) apresentou problemas. Ao entrarem em contato com a instituição financeira o atendimento foi suspenso de forma repentina. Logo depois, os clientes receberam ligação de retorno para dar continuidade ao atendimento. A desconfiança das empresas, que registraram boletim de ocorrência, é de que esse retorno é realizado pelos golpistas.

Para solucionar o problema, os bandidos pediram que as empresas acessassem o TeamViewe (sistema de acesso remoto, com compartilhamento de área de trabalho). Esse acesso permite que quem está do outro lado, nesse caso os golpistas, vejam tudo que está sendo feito na tela do computador.

Foi a chave final que os golpistas precisaram. Eles pediram para os clientes simulassem uma operação, digitando senha, inclusive. Com posse dessas informações, efetuaram transferências, PIX e pagamentos de boletos.

O proprietário de uma das administradoras foi à delegacia, e lá se deparou com outras cinco empresas, de diversos ramos, vítimas da mesma ação. Em uma delas o prejuízo foi superior a R$ 200 mil.

“É um prejuízo enorme. Registramos o boletim de ocorrência e vamos buscar do banco uma solução para isso. Como um contato com o banco é interrompido e outra ligação é feita, por golpistas?”, questionou o empresário.

O nome das empresas envolvidas será preservado, bem como da instituição bancária, até que o SIPCES obtenha esclarecimentos e resposta oficial da instituição sobre o ocorrido.