Cada vez mais frequentes, os roubos de bicicletas em alguns bairros da Grande Vitória chamam a atenção das autoridades policiais. E o que mais impressiona, segundo a polícia, é a ousadia de bandidos, que fazem ameaças, agridem, atiram e até matam as vítimas antes do assalto.
“Tivemos um caso em Jacaraípe, onde um jovem foi baleado por ter esboçado uma reação na hora que foi abordado pelo criminoso. Mas sabemos de outros casos onde houve inclusive, morte da vítima. Não basta apenas roubar. Eles também agridem ou matam”, conta o delegado titular das delegacias de Jacaraípe e Novo Horizonte, Rodrigo Henrique da Rosa.
No ano passado, um ciclista foi morto, nas Cinco Pontes, em Vitória durante um assalto – os bandidos atiraram e levaram a bicicleta dele.
O delegado explica que a bicicleta se torna um objeto visado pelo criminosos pelo alto valor de custo. Algumas bikes, mais modernas, chegam a custar mais de R$ 10 mil.
“Essas bicicletas usadas por ciclistas profissionais têm um alto valor, e eles (bandidos) sabem que podem anunciar clandestinamente em sites que vão encontrar pessoas para comprar. Por isso é importante que o comprador questione sempre sobre a nota fiscal da bicicleta. Até porque comprar produto de furto e roubo é crime”.
Subsecretário da Guarda Municipal de Vila Velha, Iuri Silva também falou sobre os casos de roubos de bikes no município. De acordo com ele, esses crimes, seguidos de ameaça e agressão, são frequentes.
“Todos os dias a gente recebe informações de roubos ou furtos de bicicletas. A maioria deles é com emprego de arma de fogo”, disse.
PRÉDIOS REFORÇAM PROTEÇÃO
Além dos roubos de bicicleta, em vias públicas ou não, os furtos e condomínios da Grande Vitória, cresceram.
Sem precisar ao certo o número exato de casos, visto que muitos deles nem são registrados em delegacias, síndicos e autoridades policiais que atuam em Vitória, Vila Velha e Serra afirmam ter percebido um número maior de ocorrências envolvendo furtos.
“No último furto do qual fui informado, os bandidos levaram uma bicicleta de R$ 7 mil”, conta o síndico e vice-presidente do Sindicato Patronal de Condomínios (SIPCES), Aderbal de Oliveira Valério.
Segundo ele, como medida de prevenção, boa parte dos prédios estão investindo mais em tecnologia para, assim, resguardar o patrimônio dos moradores. Em um dos condomínios que administra, Aderbal conta que o investimento chegou a R$ 7 mil.
“Só a fechadura que colocamos no portão de entrada está em torno de R$ 5 mil. Tem prédio em que gastamos R$ 7 mil. Foi a única forma que encontramos para evitar novos furtos”, destaca.
Stela Maris, síndica de condomínios em Vila Velha, afirma que esse tipo de crime acontece mais em prédios onde não há portaria. “Há um tempo, tive registros de furtos, mas eram prédios sem portaria. Esses bandidos de alguma forma já sabem disso e aproveitam”.
Fonte: A Tribuna
