Condomínios já testam ‘drones terrestres’ para entregas. Saiba como funcionam

RIO – A crise gerada pelo novo coronavírus acelerou a criação ou lançamento de algumas soluções direcionadas a condomínios e voltadas ao distanciamento social. Em dois condomínios na Barra, drones terrestres já estão em teste para fazer entregas. A iniciativa é parte de um conceito global batizado touchless delivery (entrega sem contato, em portugês).

Funciona assim: o produto chega normalmente à portaria do condomínio, mas a entrega é feita por um robô autônomo. Da portaria do condomínio até a casa do cliente, a engenhoca é movida por geolocalização e conduzida por inteligência artificial.

“Desta forma, garantimos que não haja contato do comprador do produto com o entregador ou com o funcionário da portaria,” explica Thiago Calvet, CEO da MyView, que fez o fobô em parceria com a DHL Suplly Chain e a Unike.

O foco são condomínios de casa ou prédios com mais de cem moradores, que tenham vias fechadas e um grande volume de fluxo de entregas.

O condomínio ganha pela redução da quantidade de pessoas transitando em suas dependências, e também em agilidade nas entregas para seus moradores. Em um grande condomínio residencial, evita-se cerca de 150 entradas e saídas por dia.

Quando a pandemia se alastrou pelo Brasil, em março, nasceu a SmartStore, um minimercado instalado em condomíno, que funciona 24h por dia e pode ser equipado com alimentos, produtos de higiene e limpeza.

O pagamento é feito no próprio local, aproximando-se o código de barras do produto a uma leitora instalada na saída.

“No final, escolhe-se a forma de pagamento desejada”, explica Evandro Machado, fundador da SmartStore, e que também foca nos condomínios com mais de 150 unidades residenciais.

As assembleias virtuais devem se tornar habiturais mesmo após a quarentena. A empresa Superlógica já tinha desenvolvido uma ferramenta para estas reuniões, que antes eram usadas por apenas 5% dos condomínios. Caros Cêra, presidente da companhia, acredita que as assembleias passarão a ser “híbridas”.

“Uma das principais diferenças é que a votação ocorre desde o momento da convocação até o dia da assembleia. Ou seja, há muito mais tempo para os condôminos votarem, e por isso, a participação chega a até 80% dos condôminos. Em um processo normal este número varia entre 15% e 40%.

“Para implementar as novidades que geram custo ao condomínio, deve-se ter aprovação em assembleia”, explica o advogado Rodrigo Laim.

Fonte: IG.com.br
Foto: Leonardo Custodio-O Globo