O problema não é meu. De quem será?

No curso de Gestão e Organização de Condomínios veiculamos um vídeo denominado O PROBLEMA NÃO É MEU, que, em síntese, mostra um princípio de incêndio no terreno da empresa. Cada pessoa acionada do fato, dizia, o problema não é meu e passava o problema para frente. Resultado: o fogo espalhou por toda área da empresa.

Os condomínios são obrigados a contratar a elaboração do PPRA (PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS) e, efetivamente, implementar as ações indicadas no documento entregue pelo Engenheiro ou Técnico de Segurança do trabalho.

Dentre as ações sugeridas temos aquisição dos equipamentos de proteção ambiental, devidamente certificados quando exigidos, entregar os EPI´s aos empregados, treinar e demonstrar o uso correto destes, fiscalizar o uso e aplicar advertências, suspensão e até justa causa, se constatar que o empregado não está utilizando. Ademais, importante fazer diálogos de segurança com os empregados.

Bom, temos o PPRA, não implantamos, e acontecem acidente ou relatos de doença do trabalho por falta de condições ou equipamento. De quem será a culpa, ou cada um vai dizer o problema não é meu?

Condomínios contratam empregados ou contratam empresas de cessão de mão de obra. Contratam empresas administradoras de condomínios, que não deveriam assumir competência de fiscalizar os empregados do condomínio, pois esta obrigação é do síndico, mas, na condição de suportes da administração condominial, também assumem esta obrigação. Inclusive, os supervisores efetuam visitas operacionais.

Aqui, se acontecer problemas de quem será a responsabilidade? Do síndico, da administradora, ou, do Conselho Fiscal que tem a obrigação de fiscalizar a gestão do síndico. Ou o problema não é meu?

Hoje, a caminho do trabalho, presenciamos uma auxiliar de serviços gerais executando suas atividades em uma das ruas da Praia do Canto, lavando escada de acesso ao condomínio, usando CHINELO. Mas o EPI adequado não é bota ou calçado impermeável???  Neste caso, o risco de acidente é enorme. De quem será a culpa, ou, o problema não é meu?

Nossos empregados (auxiliares e porteiros) colocam contentores de lixo na rua para coleta pela municipalidade e utilizam produtos químicos diluídos em água. Indispensável o uso de luvas, mas, em recentes laudos periciais, estes equipamentos não foram entregues. Falamos de condomínios localizados em Jardim Camburi e Praia de Itaparica, ambos com síndicos e empresas administradoras. De quem será a responsabilidade, ou o problema não é meu?

Precisamos refletir e mudar a cultura. Prevenir é o melhor remédio. Empregados incapacitados para o trabalho são um risco acentuado de processos trabalhistas, com condenação no pagamento de pensão mensal.

Bom, o problema não é meu.