Final de ano chegou. Seu planejamento está pronto?

Chegou o fim de ano e com ele as festas de confraternização e, é claro, o planejamento do orçamento do ano seguinte. Período em que é preciso avaliar os gastos e receitas e preparar o planejamento financeiro de 2019, para não ter surpresas com o orçamento anual.

Pela convenção dos condomínios, cada exercício financeiro é vinculado a um mandato. Então, é preciso fazer um planejamento prévio dos doze meses seguintes, antes do ano de exercício começar, para mostrar aos condôminos na Assembleia Geral Ordinária. Também é necessário fazer uma avaliação do ano que passou e compartilhar os resultados.

Não há um mês específico que determina qual o primeiro mês do mandato, mas na maioria dos condomínios essa data coincide com o início do ano, mais precisamente entre fevereiro e abril.

“Esse planejamento vai variar de acordo com o tamanho, a estrutura do condomínio. Condomínios de menor porte, com nenhum ou poucos empregados, não vai requerer uma demanda exagerada, mas precisa de atenção igual para evitar surpresas desagradáveis no decorrer do próximo período. Condomínios com esse perfil é preciso projetar o reajuste, calcular e incrementar a previsão orçamentária”, explica Cyro Bach Monteiro, presidente do SIPCES.

Outros pontos devem ser considerados e podem fazer toda a diferença. O síndico deve se preocupar principalmente com os custos extraordinários anuais, como o décimo-terceiro e férias dos funcionários. A manutenção, por si só, é algo regular e que já precisa estar na rotina do condomínio. É preciso também deixar uma margem para inadimplência e para as eventuais despesas extraordinárias.

A inadimplência requer muita atenção. Entender a situação do morador é importante, mas as contas não vão parar de chegar. Busque imediatamente uma solução para negociar as dívidas e evitar que o seu planejamento seja comprometido.

Há síndicos que adotam estratégias ao longo do ano para evitar um desajuste financeiro. Algumas práticas são não colocar os vencimentos para as mesmas datas e parcelar sempre para diluir as despesas durante o ano. Uma nova obra só depois que a anterior terminar, e as manutenções são programadas dentro de um período que foge dos pagamentos de décimo-terceiro, por exemplo.

Mesmo com tanta atenção é claro que ninguém está livre de ter que criar uma cota extra, afinal imprevistos acontecem para qualquer um. Mas com as contas planejadas e equilibradas, essa cota pode não ter tanto impacto no bolso dos condôminos.

“Com planejamento é possível prevenir. Você dificilmente será pego de surpresa se acompanhar diariamente tudo o que ocorre no seu condomínio”, afirma Cyro Monteiro.