Mais rigor contra animais e barulho

Viver em condomínios nem sempre é algo tão simples como parece. Diante disso, síndicos e conselheiros, sob aprovação em assembleias, têm adotado uma postura de linha-dura criando regras para animais, barulho e reformas de imóveis.

Limitar horário de festas, som alto barulhos inconvenientes dentro dos apartamentos; proibir ou restringir cães nos condomínios, incluindo circulação em determinadas dependências, estão entre as regras que têm sido adotadas.

O assessor jurídico do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios no Estado, Roberto Merçon, disse que os condomínios têm traçado essas regras de convivência para que os condôminos possam respeitar os direitos dos demais. Segundo ele, os maiores conflitos referem-se a animais e a barulho.

O advogado imobiliário Diovano Rosetti confirmou que muitos condomínios têm adotado linha-dura. “Há casos em que os moradores levam até bandas de pagode, sertanejo universitário para o salão de festas e ficam até a madrugada fazendo barulho. A convenção tem que ser rigorosa mesmo.”

No condomínio Itaúna Aldeia Parque, na Serra, por exemplo,  é permitido animais, mas há regras em relação à circulação: só é permitido na área de asfalto, desde que estejam com sacolas para recolher as fezes.

Lá, também foi sugerido que os moradores andem com borrifadores para amenizar o odor da urina dos cachorros, com uma solução de água, vinagre/limão e bicarbonato de sódio.

Nesse condomínio também há rigor quanto a barulho. “A regra de silêncio estabelece que barulhos não devem incomodar os vizinhos em qualquer horário. E silêncio total a partir das 22 horas até 8 horas”, ressaltou o síndico Sérgio Valadão Júnior.

O diretor da Condonal Administradora de Condomínios, Ilson Reis, também tem observado condomínios estipularem regras específicas para pontos polêmicos.

“Em um condomínio em Vila Velha, por exemplo, a utilização de cigarros foi proibida em qualquer área comum, incluindo áreas de lazer. Na própria varanda, a regra é que a fumaça não se propague para outros apartamentos. Os condomínios têm sido cada vez mais intolerantes ao cigarro.”

Reportagem jornal A Tribuna e Tribuna OnLine