Assembleias virtuais ganham força

Falta tempo, rotina exaustiva e até viagens interferem na participação dos moradores em assembleias presenciais de condomínios. Alguns prédios apostam em uma solução com a mesma validade legal, que pode contribuir até para tornar a administração mais transparente: as assembleias virtuais.

Segundo o diretor da CECAD Administração Condominial, Claudionor Brandão, a média de participação hoje em dia é muito baixa, de 10 a 15%. “As pessoas têm cada vez menos tempo para ir a reuniões”, observa.

Cabe à convenção do condomínio prever a realização deste tipo de assembleia, e definir quais assuntos podem ser deliberados. “Eu posso ter os dois tipos de assembleias e as duas com mesma validade. É importante estabelecer qual plataforma será utilizada, como e-mail, Whatsapp ou fórum on-line. Sendo ela virtual, é até uma segurança maior, já que tudo fica registrado no sistema”, diz o vice-presidente do Sindicato Patronal de Condomínios (Sipces), Gedaias Freire da Costa.

Para o diretor da administradora de condomínios MGM, Glauco Marinho, elas funcionam como termômetro da opinião dos moradores sobre muitos assuntos, mas, quando se trata de gestão financeira, é melhor discussão presencial. “Um elevador quebrado, ou coisas para corrigir no jardim são passíveis de assembleia virtual. Mas situações que vão afetar na comunidade, como, por exemplo, um reajuste de condomínio, é mais interessante debater presencialmente”, pontua.

RESISTÊNCIA
Para o diretor da CECAD, a reunião virtual é muito útil, mas ainda pode enfrentar alguma resistência por parte dos moradores. “Alguém pode questionar a validação de uma decisão na justiça, alegando que não pode participar, por exemplo, por conta da dificuldade ao acesso à tecnologia.”

Reportagem jornal A Gazeta