Taxa de condomínio sobe e moradores se mudam

Coluna Dia a dia, jornal A Tribuna - 08 de julho

Cresce o número de moradores da Grande Vitória que se mudam de endereço por não terem condições de arcar com a taxa de condomínio. A situação atinge tanto inquilinos quanto proprietários, afetados pelo desemprego ou pela alta no valor da tarifa.

“Quem tem um imóvel de R$ 600 mil, paga R$ 1.000 de condomínio e perde o emprego, não tem opção, precisa se mudar”, comentou o vice-presidente do Sindicato Patronal de Condomínios (Sipces), Gedaias Freire da Costa.

Para piorar o drama, a inflação galopante tem causado reajustes da taxa acima da inflação. Os aumentos chegam a 35% e ocorrem sobretudo em edifícios mais antigos, que requerem maior gasto em manutenção. “Há ainda os residenciais onde os síndicos passaram os últimos anos sem reajustar a taxa, e agora, com a crise, o valor foi repassado de uma vez só”, relatou Gedaias, ao comentar sobre prédio na Praia de Santa Helena onde a taxa subiu 28%. Em Santa Lúcia, apart hotel reajustou em 35%, em duas parcelas.

INADIMPLÊNCIA CRESCE

A inadimplência com a taxa de condomínio no Estado cresceu cinco pontos percentuais após o início da crise econômica: antes, variava de 10% a 15%, agora, fica entre 15% e 20%, segundo o vice-presidente do Sipces, Gedaias Freire. Os atrasos no pagamento, porém, costumam ser breves. “Normalmente, o morador deixa para pagar dois, três dias depois”, frisou.