A necessidade de um planejamento econômico

Planejamento tem sido a palavra mais ouvida nos últimos meses, dado o descontrole de gastos realizados na esfera pública nacional e a necessidade de todos se adaptarem à nova realidade econômica do país. Mas quando trazemos essa ação, de realizar o nosso planejamento para mais próximo do que vivenciamos, como nos condomínios, será que a prática é a mesma do nosso discurso?

Infelizmente, parece que não. Ainda há condomínios que insistem em não realizar um planejamento econômico e ­financeiro detalhado, e a baixa participação dos condôminos em discutir como será gasto ou investido o dinheiro arrecadado ao longo do ano também não evolui, com pouca participação nas assembleias e reuniões. Pelo menos neste período de incertezas a participação de todos deveria ser maior, e não apenas exigir um envolvimento e desgaste maior do síndico e membros do conselhos.

Para manter as contas em dia e realizar uma previsão orçamentária mais próxima possível do real, deve ser considerado o gasto total do ano anterior acrescido da inflação do período. Feito esse ajuste, organize a renovação e renegociação dos contratos que estão por vencer e um levantamento das despesas relacionadas aos empregados, como reajuste salarial da categoria, décimo terceiro e férias.

Com isso você passa a ter informações mais precisas sobre os gastos, e enxergar onde é possível diminuir e monitorar aquelas ações em que não há como reduzir os gastos. Como encontrar o que pode simplesmente ser extinto é praticamente impossível dentro de um condomínio, não resta opção a não ser controlar os gastos e se readequar a algumas mudanças.

Praticamente todos os condomínios já efetuaram algumas ações básicas na tentativa de diminuir ou pelo menos manter o valor da taxa condominial no mesmo patamar. São ações como troca de lâmpadas, rodízio de elevadores, individualização de hidrômetros ou a reutilização da água da chuva.

Outros já passaram por uma reavaliação rigorosa da adequação e real necessidade do número de empregados e suas funções, cortando ou diminuindo horas extras e não permitindo o acúmulo de funções.

Para qualquer que seja a solução encontrada pelo seu condomínio, uma coisa é certa e válida para todos: a tarefa de organizar as contas serão muito mais fáceis com um planejamento detalhado e o maior empenho de síndicos, administradoras de condomínios e dos condôminos.