Entrega de correspondências exige atenção

Reportagem: Paula Gama - jornal A Gazeta

Extravios, trocas e atrasos de correspondências e encomendas. Quem nunca passou por situações parecidas com essas dentro do condomínio em que mora. Às vezes, o problema é rapidamente solucionado entre o morador e o responsável pelas entregas, mas em outras, a situação pode ficar bem mais complicada.

Para evitar confusões e mal entendidos é preciso que o condomínio crie um sistema eficaz para registrar e entregar correspondências e encomendas dos moradores. A diretora do Grupo Confiança, que administra condomínios, Patrícia Sperandio, explica que o recomendado é que as correspondências sejam protocoladas internamente.

“Elas precisam ser registradas e só podem ser entregues mediante uma assinatura do morador no livro do protocolo. Nesse momento, o funcionário do condomínio pode pedir para o morador conferir se o nome está correto para não haver trocas. Se algo se perder antes de ser entregue ao morador, então, a responsabilidade é do condomínio”, explica Patrícia.

ENCOMENDAS

Claudionor Brandão, diretor da administradora Cecad, destaca que as compras pela internet mudaram a rotina dos condomínios quando se fala em encomendas, aumentando o trabalho.

“Os condomínios não estão preparados para receber tantas encomendas. O certo é treinar uma equipe para recebimento e distribuição delas. O que requer um espaço adequado e também mais gastos com funcionários. No entanto, uma equipe especializada traz mais segurança ao condomínio”, afirma Claudionor.

Apesar de, na prática, ser comum os funcionários da portaria cuidarem do recebimento e da entrega de encomendas, o presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (SIPCES), Cyro Bach Monteiro, afirma que eles não são obrigados a recebê-las pelos moradores.

“A atitude correta é interfonar para o morador buscar sua encomenda. Se não tiver ninguém em casa, ela deve ser devolvida. Isso porque o armazenamento, triagem e distribuição de encomendas não são funções de um porteiro”, explica o presidente do SIPCES.

A Gazeta 11 de Junho de 2015