Disque-silêncio: condomínios lideram reclamações

Diferente do que muita gente pode pensar, ao invés de bares, restaurantes e boates são as residências e condomínios que lideram as reclamações e denúncias no Disque Silêncio em cidades como Vitória, Vila Velha e Cariacica, por exemplo.

Na capital, até o final de maio deste ano foram registradas 856 reclamações, sendo que 239 (28%) dessas denúncias foram feitas contra residências e condomínios, mais do que o dobro de reclamações contra bares, restaurantes e quiosques (112) no mesmo período.

Jardim Camburi é o bairro campeão de reclamações, seguido de Jardim da Penha, Praia do Canto e Mata da Praia. E os síndicos, administradoras e condôminos devem ficar atentos a esses casos, pois em Vitória a multa aplicada pode ultrapassar R$ 5 mil.

“Não é o objetivo sair aplicando multas. Nosso trabalho é de orientar e buscar manter a ordem. O diálogo e a orientação são sempre as melhores formas de solucionar um desentendimento”, afirma o Coordenador do Disque Silêncio da Prefeitura Municipal de Vitória (PMV), Alexsandro Amaral.

Ainda segundo informações da PMV, em áreas residenciais a tolerância é de 50 decibéis, das 20 às 7 horas, ou 55 decibéis entre as 7 e 20 horas. Já nas proximidades de zonas comerciais, é permitido o volume de até 65 decibéis durante o dia e 55, à noite.

Na primeira ocorrência o denunciado recebe uma advertência. Caso ocorram novas reclamações aplicam-se as multas, que possuem valores médios de R$ 2.393,62 para até 10 decibéis e de R$ 5.053,21 acima de 10 decibéis do limite permitido.

Em Vila Velha, de acordo com a Gerência de Poluição Sonora (Disque Silêncio) da Prefeitura de Vila Velha, as reclamações contra unidades residenciais foram as maiores em abril deste ano, totalizando 264 reclamações contra 165 do segundo colocado.

Itapuã e Itaparica lideram o ranking, tendo Divino Espírito Santo e Praia da Costa disputando acirradamente a terceira posição. Segundo a assessoria da PMVV, o foco do trabalho é a educação ambiental.

A equipe faz a medição do ruído ao chegar ao local e aborda os responsáveis solicitando que o som seja reduzido. Em casos críticos, de reincidência, por exemplo, os equipamentos podem ser apreendidos e o estabelecimento multado e/ou interditado.

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